sábado, 5 de outubro de 2013

AIDS, preconceito e política

Ao ler esta matéria, lembrei-me de alguns relatos sobre os anos 1980 no Brasil, em relação à AIDS. Primeiro, um impressionante relato presente nas correspondências de Caio Fernando Abreu: ele já apresentava sinais de adoecimento e seu médico (infectologista!), mas também amigos, o recomendavam  a não fazer o teste de HIV, como se fosse desnecessário (uma ignorância ativa). Segundo, da figura de Herbert Daniel, ativista de muito tempo, que esteve entre aqueles que perceberam que a epidemia de preconceito tinha potencial tão destrutivo quanto o próprio vírus. Contra o pano de fundo da condenação moral, a importância de Herbert Daniel (e outros) foi a de trazer o assunto para a dimensão política (ou, pelo menos, não deixar que ela fosse totalmente jogada na sombra).

AIDS in New York: The First Five Years
For those who lost partners, children, siblings, parents, and friends to HIV/AIDS in the later years of the twentieth century, the memory of grief, fear, and mystery which pervaded New York at the beginning of the epidemic remains vivid. But for many New Yorkers and others today, this early period from 1981 to 1985 is virtually unknown. The activist movements that changed the nation’s approach to catastrophic disease have overshadowed the panic of this period when a new and fatal enemy to public health was in its earliest stages and no one knew how to combat it.

A group advocating AIDS research marches down Fifth Avenue during the 14th annual Lesbian and Gay Pride parade in New York, June 27, 1983. Mario Suriani/Associated Press



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