segunda-feira, 3 de junho de 2013

Verborragias, desagravos e uma "boa assessoria técnica"

      O senador Randolfe Rodrigues, do PSOL (aquele partido que é a verdadeira esquerda porque considera que, fora o próprio PSOL, só existe fascismo mundo afora) deu uma entrevista em que, além das palavras que não dizem nada de sempre, também renovou a fé de seu partido em lançar candidatura às eleições presidenciais de 2014. Não é preciso dizer que os deputados e senadores que frequentemente têm votado junto com o PSOL em diversas matérias têm sido os da direita, de hoje e de antes. Bastante curioso para quem se apresenta como a verdadeira esquerda. Mas, sem grandes análises, vale resgatar três fatos que ajudam a colocar as coisas em seus devidos lugares:


  • Se houve alguma atuação de destaque do Randolfe na CPMI do Cachoeira, foi só ao fazer caras e bocas ao formular as perguntas mais pueris com ares de grande investigador. Aliás, à época da CPMI, até mesmo um jornalista veterano do Estadão (!) reconheceu, digamos assim, a lentidão intelectual dos atuais representantes do Congresso, lembrando saudosamente (!) a atuação de figuras como José Dirceu.
  • Não custa lembrar que, assim como TODOS os senadores, o senador Randolfe também subiu à tribuna para participar do desagravo ao senador Demóstenes. 
  • E uma última lembrança: o último candidato do PSOL à presidência da república, o Plínio de Arruda, que não é o príncipe dos sociólogos, mas é considerado um intelectual, foi incapaz de responder a uma pergunta sobre a Petrobrás, o Pré-Sal e a diferença entre o regime de concessão e o regime de partilha. A então candidata Dilma até surpreendeu-se com a ignorância de Plínio e disse que acreditava estar passando a bola para Plínio marcar um gol ao endereçar a ele uma questão sobre Petróleo e interesses nacionais. Mas Plínio saiu-se dessa com a seguinte justificativa: "sou candidato à presidente da república, não preciso conhecer os detalhes, para isso terei uma boa equipe de assessores técnicos! Cabe ao presidente da república defender a soberania do país". E bateu no peito, ufanista. Uma referência interessante: o argumento de que contaria com "bons assessores técnicos" era cansativamente usado pela candidata ao governo do DF, a sra. Weslian Roriz, sacrificada pelo marido, impedido de concorrer ao cargo. Weslian, graças a essa atuação, foi facilmente ridicularizada, como uma palhaça, devido a respostas assim. Mas o candidato do PSOL, não! Bateu no peito, ufanista, não respondeu nada, mas ainda assim saiu fazendo pose de grande intelectual. 
      Exceto a atuação coerente do deputado Jean Wyllys, eu não tenho dúvida que, diante dessa atuação precária da esquerda que o PSOL pretende representar, serão, mais uma vez, os candidatos da bancada evangélica mais raivosa que irão fazer a cabeça de muitos eleitores na disputa de 2014.


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